Dia Nacional dos Surdos: saiba como identificar problemas de audição

 

Dia Nacional dos Surdos: saiba como identificar problemas de audição

26
set

O Dia Nacional dos Surdos é comemorado nesta quarta-feira (26/09). E sempre que se fala em surdez surgem dúvidas de quais seriam as principais causas para o problema. A exposição excessiva a certos ruídos pode ser um dos fatores de risco, mas além disso há outras causas para a perda de audição, conforme explica o otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba Neilor Fanckin Bueno Mendes.

“Temos diversas doenças que podem causar perda de audição, tais como doenças infecciosas agudas por vírus e bactérias, infecções crônicas associadas à presença de tumores, doenças metabólicas como diabetes e hipertensão, e também, em menor frequência, as doenças autoimunes”, esclareceu o especialista.

Embora sejam constatados casos de crianças que nascem com perda auditiva, é mais comum a perda auditiva adquirida ao longo da vida.

Surdez em crianças
Ainda na maternidade, todas as crianças são submetidas ao Teste da Orelhinha, gratuito e obrigatório por lei desde 2010. O teste é rápido e realizado durante o sono, com um aparelho colocado na orelhinha do recém-nascido. Segundo o especialista, o exame é importante para detectar se o recém-nascido tem problemas de audição.

“Se o bebê for submetido ao teste e houver alguma alteração, ele é classificado como uma criança pertencente a um grupo de risco para perda auditiva ou mesmo surdez. Sendo assim, ele deve ser encaminhado o mais brevemente possível para atendimento com um otorrinolaringologista para dar continuidade na investigação”, lembra o especialista.

Quanto antes diagnosticada a perda auditiva, melhores são as chances e alternativas para um tratamento eficaz.

Principais causas da perda auditiva em crianças
Baixo rendimento escolar e problemas no desenvolvimento da fala: esses podem ser alguns dos principais indicadores de perda auditiva nas crianças. De acordo com Neilor, “crianças que não ouvem bem terão, consequentemente, um atraso para falar e, quando falarem, possivelmente haverá alguma troca de letras ou fonemas. Outra característica que percebemos em crianças um pouco maiores é o baixo rendimento escolar, desatenção e, por vezes, menor interação com os colegas”, explicou o especialista.

Estatisticamente, a principal causa da perda auditiva durante o desenvolvimento do bebê e da criança é genética, mas em um país como o Brasil, onde os cuidados com a saúde da gestante e do recém-nascido ainda deixam a desejar, as causas infecciosas têm um papel importante nisso.

Fone de ouvido: vilão
Os fones de ouvido são um dos vilões da perda auditiva nos jovens e adultos, e que muitas vezes passam despercebidos pelos mais jovens. “O fone de ouvido tem sido um vilão cada vez mais presente, porém os problemas causados pelo seu mau uso tendem a aparecer alguns anos mais tarde, o que faz com que os jovens não percebam a gravidade do uso incorreto deste aparelho”, explica o otorrino.

“Por isso”, acrescenta Neilor, “a dica é seu uso consciente, em volume médio, evitando ficar por horas com o fone sem dar um descanso. Aconselhamos uma espécie de ‘repouso auditivo’: 15 minutos de descanso a cada 1h utilizando o fone, evitando, assim, possíveis lesões”, acrescentou.

Perda auditiva nos idosos: de ‘ouvido’ nos sinais
A idade vai chegar para todos e aos poucos podemos perder nossa perfeita audição. E são vários os motivos para a perda auditiva nos mais velhos, tais como o uso de medicamentos tóxicos para o ouvido, que incluem desde analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos, diuréticos, até remédios para o câncer, entre outros. Existe a presbiacusia, que significa “audição do idoso”, relacionada a fatores genéticos. A redução na audição também pode ser causada por infecções, doenças crônicas, traumas ou exposição a ruídos.

Os principais sintomas da perda auditiva passam, muitas vezes, despercebidos. Mas conforme orienta o especialista, é importante ficar atento à dificuldade de entender e ouvir o que as pessoas estão falando.

“A pergunta constante ‘ãh? O que você disse?’ pode indicar o problema.’ Outras características: dificuldade de ouvir sons agudos, como campainhas, o tic-tac do relógio ou o canto dos pássaros. O uso da TV e do rádio num volume muito alto também podem sinalizar alguma dificuldade, além de algum esforço para acompanhar uma conversa em grupo ou em locais ruidosos”,acrescentou.

Diagnóstico
O médico otorrinolaringologista é o profissional que vai avaliar a perda auditiva. A primeira coisa a ser feita é uma otoscopia (exame do ouvido) para descartar outras causas de perda de audição como rolha de cera, catarro atrás do tímpano, entre outros. Após o exame deve ser realizada uma audiometria para avaliar o tipo da perda e, a partir do resultado, ver a necessidade de outros exames.

Sobre o Dia Nacional dos Surdos
O dia 26 de setembro foi instituído como o Dia do Surdo por ser a data de inauguração do Instituto Nacional de Educação de Surdo (Ines) em 1857, no Rio de Janeiro , que foi a primeira escola para surdos do Brasil.

O Ines, órgão do Ministério da Educação, tem como missão institucional a produção, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimentos científicos e tecnológicos na área da surdez em todo o território nacional.

Com informações do Ines / Governo Federal


 

 

 

A GD Assessoria Médica é comandada por Geziane Diosti, jornalista formada pela PUC-PR, com mais de dez anos de experiência profissional na área de comunicação, em especial assessoria de imprensa, produção de conteúdo para sites, mídias sociais e comunicação corporativa. Já teve passagens pelo Grupo RBS como redatora dos portais hagah, Guia da Semana e ObaOba, além de Kakoi Comunicação, M&C Comunicação e e-governe.

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