A alergia é uma reação de hipersensibilidade ou resposta imunológica exagerada do organismo a um determinado antígeno (substância estranha), que acontece em pessoas suscetíveis. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que no Brasil 30% da população possui algum tipo de alergia.
Segundo a alergista e imunologista do Hospital Otorrinos Curitiba, Dra. Cristine Rosário, em muitos casos as alergias são tratadas de forma errada, causando sérias complicações ao paciente.
“As alergias geralmente são doenças crônicas e existem vários tratamentos disponíveis. O médico alergista pode auxiliar no diagnóstico e eleger o tratamento mais adequado para cada paciente”, lembra a especialista.
As alergias têm forte influência genética. Quem tem pai e/ou mãe com alergia tem mais chances de ser alérgico. E embora elas sejam mais frequentes na infância, pode-se desenvolver alergia depois de adulto.
Os tipos mais comuns de alergia são asma, rinite alérgica, dermatite atópica, alergia alimentar e alergia a medicamentos. Veja algumas características:
Asma – a doença atinge em torno de 20 milhões de brasileiros, segundo informações do Ministério da Saúde. É uma das maiores causas de internações e mais de 90% não têm a doença controlada. Tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar e respiração curta e rápida são alguns dos sintomas da asma.
Rinite Alérgica – não é contagiosa e os principais sintomas são olhos irritados, coceira no nariz, coriza e espirros constantes. A rinite alérgica tem tratamento, mas não tem cura. Se tratada corretamente, o paciente pode viver sem os sintomas e ter uma qualidade de vida melhor. No inverno, as alergias respiratórias tendem a piorar, devido à maior variação de temperatura e maior frequência de infecções virais como gripes e resfriados.
Dermatite Atópica – doença de pele crônica e inflamatória, não contagiosa, com caráter genético, e que atinge cerca de 20% das crianças e 3% dos adultos. A dermatite atópica é caracterizada por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora.
Alergia Alimentar – resposta exagerada do organismo a determinadas proteínas presentes nos alimentos. No Brasil, cerca de 8% das crianças têm alergia alimentar.
Alergia a medicamentos – os sintomas vão desde vermelhidão no corpo até anafilaxia (reação alérgica grave, podendo evoluir para óbito). Os antiinflamatórios são as principais causas de reações a medicamentos.
De acordo com a Dra. Cristine, durante a pandemia os pacientes alérgicos precisam manter os cuidados e o tratamento adequado, evitando a exposição a alérgenos que apresentem riscos, em especial para alergias respiratórias, como a asma.
“O tratamento deve ser mantido e individualizado, por isso o paciente asmático não pode se descuidar, sempre consultando seu médico, quando necessário”, reforça a médica.
O diagnóstico pode ser feito através de testes de laboratório e por meio de análises clínicas. Alguns dos exames mais eficazes para esse fim são testes de contato de pele e de leitura imediata, exames laboratoriais de IgE total e IgE específica no sangue e testes de provocação.