Doença autoimune, UCE tem tratamento e pode ser controlada

 

Doença autoimune, UCE tem tratamento e pode ser controlada

25
abr

Não é difícil encontrar pessoas com alergia a pelos de animais, a alguma comida ou até mesmo a algum produto de beleza – geralmente a alergia se apresenta na forma de uma coceira aqui, outra acolá. Mas como saber se é uma simples alergia passageira ou algo que merece atenção? Se a coceira se caracterizar por lesões elevadas, vermelhas e inchadas, que coçam muito e se prolongam por mais de seis semanas, podemos estar diante da Urticária Crônica Espontânea (UCE).

Giseli de Mattos Diosti Stein, dermatologista da Neoderme e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explicou, no entanto, que nem toda coceira é urticária. Portanto, a avaliação com o especialista é fundamental para o diagnóstico correto.

“Em alguns casos a coceira desaparece em 24h, o que definimos como urticária aguda. Por isso, é importante estabelecer essa diferença. Sempre aconselhamos que o paciente que tiver alguns desses sintomas procure um especialista pois existe tratamento para controlar o quadro e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dele”, ressaltou a médica.

Outras características da UCE
A Urticária Crônica Espontânea pode se manifestar com mais frequência em homens e mulheres na faixa etária entre 20 a 40 anos. Ela não é causada por alimentos, produtos de limpeza nem por qualquer outro fator externo. A UCE é uma doença autoimune, ou seja, causada pelo próprio corpo. Segundo a doutora Giseli, cerca de 40 a 50% dos pacientes com UCE têm inchaço (angiodema) associado.

“O angioedema é um edema profundo que pode atingir lábios, pálpebras, face, mãos, pés e mucosa do trato respiratório e gastrointestinal. Quando ele atinge o trato respiratório pode causar dificuldade respiratória”, lembrou.

A duração do angioedema vai depender se a causa foi ou não identificada. Para causas não identificáveis, o angioedema pode ser mais duradouro.

Tratamento da UCE
Pacientes com urticária crônica espontânea acabam sofrendo com a coceira característica e a formação de lesões pelo corpo, impactando diretamente suas rotinas e a qualidade de vida. De acordo com a especialista, a UCE tem tratamento e pode, sim, ser controlada.

“A urticária crônica não apresenta nenhum risco maior à saúde – não é contagiosa, mas é claro que muitos pacientes que têm esse problema sentem vergonha em usar roupas que mostrem os braços, pernas e demais partes do corpo, por exemplo. A maioria dos casos de urticária crônica se resolve com menos de seis semanas de tratamento. Uma pequena porcentagem dos pacientes necessita de tratamento mais longo, que geralmente são os pacientes que possuem urticária crônica autoimune”, explica Giseli.

O tratamento geralmente é feito com anti-histamínicos e alguns pacientes necessitam de doses mais altas para controle do quadro. Para casos selecionados (pacientes que não responderam à medicação habitual), os anticorpos monoclonais anti-IgE (no tratamento da asma e de outras manifestações relacionadas à doença alérgica) têm mostrado bom resultado.

Divulgação na mídia
Nas últimas semanas, a UCE tem sido divulgada nos meios de comunicação por meio de ações da Novartis, empresa global com mais de 80 anos no Brasil e que foca seu trabalho nos cuidados com a saúde de pacientes no mundo todo. O ator Eriberto Leão ilustra a campanha e é o embaixador da UCE.


 

 

 

A GD Assessoria Médica é comandada por Geziane Diosti, jornalista formada pela PUC-PR, com mais de dez anos de experiência profissional na área de comunicação, em especial assessoria de imprensa, produção de conteúdo para sites, mídias sociais e comunicação corporativa. Já teve passagens pelo Grupo RBS como redatora dos portais hagah, Guia da Semana e ObaOba, além de Kakoi Comunicação, M&C Comunicação e e-governe.

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