Ela é a visita indesejada e não avisa a hora que vai chegar. Pode aparecer depois de uma noite mal dormida, de situações de estresse ou até mesmo devido a longos períodos de jejum. É a dor de cabeça (cefaleia, no termo médico), que em muitos casos nos deixa improdutivos e irritados. Mas segundo o neurocirurgião do Hospital Otorrinos Curitiba e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) Eduardo Talib Bacchi Jaouhari, é possível observar alguns sinais de que a dor vai acontecer.
“Isso é bem individual, mas é possível antecipar uma dor de cabeça. Alguns gatilhos que podemos listar: privação de sono, alimentação inadequada, abuso de álcool e estresse são causas comuns de cefaleia. Em alguns pacientes, por exemplo, os sintomas se dão com determinados alimentos (chocolate, vinho, leite) ou momentos de variação hormonal, como período pré-menstrual”, explicou o especialista.
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Diferença entre dor de cabeça e enxaqueca
A confusão entre dor de cabeça e enxaqueca é comum entre a maioria da população. A cefaleia é o termo médico para dor de cabeça. Já a enxaqueca é um tipo específico e muito comum de cefaleia primária. Ela geralmente é uma dor de cabeça crônica, unilateral, com dor moderada a severa, do tipo pulsátil, associada a náusea/vômitos, podendo piorar com a luz ou alguns tipos de odor.
Cuidado com a automedicação
Praticamente todas as pessoas já tiveram dor de cabeça alguma vez na vida, e ela é uma das queixas mais comuns em consultórios médicos. Segundo o neurocirurgião, o fácil acesso aos remédios para aliviar a dor faz com que a automedicação seja cada vez mais indiscriminada, e o que poderia ser uma solução pode ter o efeito reverso.
“Parece paradoxal, porém o remédio para alívio da dor com uso inadequado pode piorar a dor. Muitos pacientes com cefaleia crônica fazem uso de analgésicos de forma indiscriminada. Dessa forma, eles acabam por desenvolver um novo tipo de cefaleia, o de abuso de analgésicos. Por esse motivo, quando a dor de cabeça se torna recorrente, é importante consultar um especialista para avaliar a necessidade de medicações profiláticas, para evitar que se tenha a dor”, orienta Eduardo.
O sintoma esporádico da dor geralmente é benigno e autolimitado. No entanto, sempre que ela mudar de padrão (tipo da dor, intensidade, frequência ou outros sintomas associados), um médico deve ser consultado para afastar causas mais graves.
Enxaqueca e outras doenças
Existem vários estudos que correlacionam a enxaqueca com outras doenças. De acordo com o especialista, muitas vezes não se sabe qual a ligação fisiopatológica entre as comorbidades (associação de pelo menos duas patologias num mesmo paciente), “mas os pacientes com enxaqueca (especialmente com aura, ou seja, precedidas de sintomas visuais ou sensitivos.) têm o maior risco de acidente vascular isquêmico, epilepsia, asma, dor crônica, doenças gastrointestinais, depressão, ansiedade, entre outras”, complementa.
5 dicas para evitar a enxaqueca
Se é possível observar alguns gatilhos para o desenvolvimento da dor, é possível também evitar que ela apareça. O doutor Eduardo listou cinco dicas:
– Evite os possíveis fatores desencadeantes ou agravantes das crises, que são: alterações nos hábitos de sono (dormir pouco ou em excesso), jejum prolongado ou não se alimentar nos horários de costume, excesso de exercícios físicos ou a falta deles, uso de bebidas alcoólicas, certos alimentos, como chocolate, frutas cítricas, queijos amarelos, defumados e embutidos, glutamato monossódico (ressaltador de sabor adicionado a muitos alimentos), cafeína em excesso, aspartame, entre outros;
– Trate comorbidades: hipertensão arterial, depressão do humor, distúrbios ansiosos, glaucoma, etc.;
– Faça atividade física regularmente;
– Tenha um padrão do sono regular, e faça do sono um compromisso diário;
– Evite o uso frequente de analgésicos e automedicação.
Sobre Eduardo Talib Bacchi Jaouhari
Eduardo Talib Bacchi Jaouhari é formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), com residência em Neurocirurgia pelo Hospital de Clínicas do Paraná (HC-UFPR). Possui título de especialista pelo MEC, Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Fez fellow (observer) em Neurocirurgia Pediátrica no Johns Hopkins Medical Center, em Baltimore (EUA). Trabalha também no Hospital Erasto Gaertner, Hospital do Trabalhador, Hospital da Cruz Vermelha e Hospital São Vicente. Realiza atendimento em consultório de doenças neurológicas e neurocirúrgicas.
Sobre o Hospital Otorrinos Curitiba
O Hospital Otorrinos Curitiba é a mais nova referência no atendimento da área de otorrinolaringologia da capital paranaense. Inaugurado em setembro de 2015 no bairro Mercês, o hospital possui estrutura moderna, excelente localização, tecnologia de ponta e profissionais altamente renomados para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.
Em outubro de 2017, foi inaugurado o moderno Centro Cirúrgico, localizado na ala anexa. Com capacidade para realizar três cirurgias ao mesmo tempo, o Centro Cirúrgico conta com quartos e enfermarias, e oferece total segurança e conforto aos pacientes que necessitarem de procedimentos na área de otorrinolaringologia e demais especialidades.
O Hospital Otorrinos Curitiba possui horário de atendimento diferenciado: de segunda a sábado, das 8h às 22h, domingo, das 8h às 19h, feriados, das 8h às 20h. Para maior comodidade dos pacientes, possui estacionamento no local.
O hospital atende aos seguintes convênios: Unimed, Amil, Agemed, Bradesco Saúde (somente consultas eletivas), Evangélico Saúde, Fundação Copel, Fundação Sanepar, ICS, Saúde Caixa, Voam e particular.
Serviço:
Hospital Otorrinos Curitiba
Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês
Telefone: (41) 3335-0302
Site: www.otorrinoscuritiba.com.br
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