Não adianta tentar frear o processo natural: todos nós vamos envelhecer um dia. São os cabelos brancos que surgem, a capacidade auditiva que diminui, e o equilíbrio, que era nosso maior orgulho, começa a ficar na ‘corda bamba’. E não é para menos: o envelhecimento compromete a habilidade do sistema nervoso central em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos, ou seja, a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo.
De acordo com a otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba Franciane Vargas, diversos fatores podem contribuir para a falta de equilíbrio nos idosos, que se torna mais frequente a partir dos 70 anos.
“As principais causas de falta de equilíbrio nos idosos são as patologias crônico-degenerativas, com a perda de massa e força muscular; distúrbios do sono; abuso de bebidas alcoólicas; medicamentos psicoativos; baixa acuidade auditiva; baixa acuidade visual (capacidade do olho para distinguir detalhes espaciais); hipertensão; anemia; diabetes; hipotireoidismo e sedentarismo”, explica a especialista.
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Sintomas
As tonturas, aponta Franciane, são sintomas extremamente frequentes em todo o mundo, ocorrendo em todas as faixas etárias, principalmente em adultos e idosos. “Até os 65 anos de idade, a tontura é considerada o segundo sintoma de maior prevalência mundial. Após esta idade, seria o sintoma mais comum”, acrescenta.
Todo idoso vai ter problema com equilíbrio?
Essa é uma dúvida muito comum entre os pacientes. Vale lembrar que aproximadamente 35% dos idosos caem ao menos uma vez por ano. A lesão acidental é a sexta causa de mortalidade em pessoas idosas.
As doenças que acometem os idosos podem ser fatores coadjuvantes nos distúrbios de equilíbrio. A otorrino listou algumas causas que predispõem a quedas:
:: Tipos e excesso de medicamentos: cerca de 3.000 medicamentos são citados como possíveis causadores de tontura e vertigem. Os efeitos indesejáveis causados pelo excesso e pela interação medicamentosa são incontáveis;
:: Visão: as causas principais de visão prejudicada são glaucoma, degeneração macular, retinopatia diabética;
:: Ortopedia: artrite, osteoporose, sequelas de fraturas, anquiloses (rigidez completa ou parcial de uma articulação);
:: Cardiovascular: hipertensão, cardiopatias;
:: Neurológico: história de Acidente Vascular Cerebral, insuficiência vertebrobasilar, esclerose múltipla;
:: Endocrinológica: aumento de incidência de diabetes trazendo consequências à retina e ao labirinto, distúrbios da tireoide, obesidade;
:: Sedentarismo.
Previna as quedas
Os familiares devem ficar atentos aos sinais da falta de equilíbrio nos idosos. A queda costuma ser o principal indicativo e, caso isso aconteça com frequência, é importante uma avaliação médica rigorosa.
E para preveni-la, a família tem papel fundamental nesse processo, como observar a disposição dos móveis em casa, o tipo de calçado utilizado, se há tapetes no ambiente, entre outros.
“Todo cuidado é pouco. Em casa, elimine objetos e móveis desnecessários. Evite o uso de roupas folgadas e longas nos idosos que possam enganchar em objetos ou móveis. Atente, também, para os animais domésticos, seus brinquedos e recipientes com água. Outra dica importante são as escadas e os tapetes muito lisos. No banho, vale usar os tapetes antiderrapantes. Verifique, ainda, se os calçados estão bem adaptados aos pés, e nunca levante no escuro. Providencie, se possível, um interruptor de luz ao lado da cama ou um abajur”, orienta a especialista.
Treine o equilíbrio!
Pode parecer estranho, mas é possível, sim, “treinar” o equilíbrio. Segundo a otorrino, a prática esportiva em geral melhora o equilíbrio corporal, como exercícios para o fortalecimento corporal, desenvolvimento da agilidade, coordenação e força muscular.
“Vale lembrar, ainda, que quando o paciente cuida da saúde, os problemas com o desequilíbrio são amenizados. As dicas principais são: manter uma dieta saudável com ingestão de cálcio e vitamina D, reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas, consultar um otorrinolaringologista e cuidar da audição. Manter-se sempre ativo e tomar as medicações corretas indicadas pelo médico é fundamental para uma vida mais tranquila, com qualidade e feliz”, finaliza Franciane.
Sobre Franciane Vargas
Franciane Vargas é médica otorrinolaringologista, especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico Facial (ABORCCF), tem fellowship em Otoneurologia pela Universidade de São Paulo (USP). É especialista em doenças/ distúrbios do ouvido e labirinto. É preceptora do serviço de Residência Médica em Otorrinolaringologia da PUC-PR e do Hospital Angelina Caron.
Sobre o Hospital Otorrinos Curitiba
O Hospital Otorrinos Curitiba é a mais nova referência no atendimento da área de otorrinolaringologia da capital paranaense. Inaugurado em setembro de 2015 no bairro Mercês, o hospital possui estrutura moderna, excelente localização, tecnologia de ponta e profissionais altamente renomados para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.
Em outubro de 2017, foi inaugurado o moderno Centro Cirúrgico, localizado na ala anexa. Com capacidade para realizar três cirurgias ao mesmo tempo, o Centro Cirúrgico conta com quartos e enfermarias, e oferece total segurança e conforto aos pacientes que necessitarem de procedimentos na área de otorrinolaringologia e demais especialidades.
O Hospital Otorrinos Curitiba possui horário de atendimento diferenciado: de segunda a sábado, das 8h às 22h, domingo, das 8h às 19h, feriados, das 8h às 20h. Para maior comodidade dos pacientes, possui estacionamento no local.
O hospital atende aos seguintes convênios: Unimed, Amil, Agemed, Bradesco Saúde (somente consultas eletivas), Evangélico Saúde, Fundação Copel, Fundação Sanepar, ICS, Saúde Caixa, Voam e particular.
Serviço:
Hospital Otorrinos Curitiba
Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês
Telefone: (41) 3335-0302
Site: www.otorrinoscuritiba.com.br
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