A Organização Mundial da Saúde (OMS) reservou um dia dedicado ao vitiligo – 25 de junho – como forma de conscientizar a população sobre a doença caracterizada pela perda da coloração da pele. Importante lembrar que o vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos para a saúde física do paciente.
A Dra. Priscila Schneider, dermatologista do Hospital Otorrinos Curitiba e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ressalta a importância do diagnóstico e das opções de tratamento para a doença.
“O médico dermatologista é o profissional habilitado para realizar a avaliação, diagnóstico e analisar as melhores opções de tratamento da doença. Não podemos falar em cura do vitiligo, mas há várias opções terapêuticas que podem proporcionar ao paciente uma boa qualidade de vida”, avalia Priscila.
No Brasil, segundo dados da SBD, mais de um milhão de pessoas manifestam essa condição (0,5% dos brasileiros). No mundo, a doença atinge, em média, 1% da população.
Alguns famosos que convivem com a doença são a modelo canadense Winnie Harlow, Sophia Alckmin (filha de Geraldo Alckmin), a atriz e modelo Luiza Brunet e o ator Jon Hamm (da série Mad Men). O astro pop Michael Jackson, falecido em junho de 2009, também tinha a doença.
A perda de coloração da pele é a principal característica do vitiligo. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. O tamanho das manchas é variável. A despigmentação pode afetar qualquer área do corpo, incluindo a boca, o cabelo e os olhos.
As causas da doença não são totalmente estabelecidas, mas podem estar ligadas a fenômenos autoimunes e alterações ou traumas emocionais, que podem potencializar a doença.
A maioria dos pacientes de vitiligo não apresenta outros sintomas além do surgimento de manchas brancas na pele. A grande preocupação dos médicos, no entanto, é com os problemas emocionais que os pacientes podem desenvolver decorrente da doença.
“Infelizmente, doenças de pele como o vitiligo e a psoríase, por exemplo, que não têm cura, apenas o controle, costumam afetar bastante a vida social dos pacientes. Alguns deles sentem esse impacto no dia a dia e sofrem com baixa autoestima, problemas de aceitação, estresse, entre outros. Em alguns casos, a ajuda psicológica juntamente com o tratamento dermatológico é fundamental”, lembra a Dra. Prisicila.
É possível classificar o vitiligo por dois tipos:
O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas hipopigmentadas têm, geralmente, localização e distribuição características. O histórico familiar também é levado em conta: cerca de 30% dos pacientes têm algum parente com a doença.
O tratamento da doença é individualizado, e os resultados podem variar de paciente para paciente. Algumas opções de tratamento atualmente são: fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb), fototerapia com ultravioleta A (PUVA), laser, além de técnicas cirúrgicas de transplante de melanócitos.
Com informações: Sociedade Brasileira de Dermatologia.