Zumbido afeta mais de 30 milhões de brasileiros

 

Zumbido afeta mais de 30 milhões de brasileiros

16
abr

Quando o assunto é zumbido, muita gente não dá a devida importância. Talvez aquele chiado insistente ou o barulho semelhante ao de um grilo fique para uma preocupação futura, mas é bom lembrar que o zumbido é um dos principais sinais da perda auditiva.

Hugo Vasselai, otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba, explicou as principais causas do problema, que só no Brasil afeta mais de 30 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde.

“O zumbido, também conhecido como tinnitus, é um sintoma e não uma doença. A causa mais comum é a perda auditiva, principalmente por exposição a ruídos ou presbiacusia (perda auditiva que afeta as pessoas na terceira idade). No entanto, também pode ser causado por perfuração timpânica, medicamentos, estresse, cera em excesso, diabetes, colesterol e/ou triglicerídeos altos, hipertensão arterial, doenças da tireoide, depressão, ansiedade, entre muitas outras causas”, explica o especialista.

De olho na alimentação
Prestar atenção na alimentação está entre os cuidados necessários para quem quer ficar longe desse problema, principalmente em relação à cafeína e ao álcool.

“A cafeína, que está presente no café, em alguns chás e refrigerantes, contribui bastante para a geração do zumbido. É uma substância que aumenta a percepção do zumbido por ser estimulante do sistema nervoso central. Além disso, o abuso do álcool e do cigarro, e até mesmo o excesso de chocolate, interferem. Portanto, o consumo consciente dos alimentos é fundamental”, pondera o especialista.

Existe prevenção?
É possível, sim, prevenir inúmeras das causas de zumbido. De acordo com o otorrino, o paciente deve buscar um estilo de vida saudável, com prática frequente de atividade física e uma alimentação saudável. “Desta forma, evitam-se várias doenças metabólicas e também mantém longe o estresse, a ansiedade e a depressão. Além disso, também evitar a exposição a sons muito altos para não ter perda auditiva precoce e, consequentemente, o zumbido”, avalia Hugo.

É possível tratar o zumbido?
De acordo com o especialista, sim. O tratamento adequado dependerá da origem do sintoma, que pode envolver desde medicamentos, tratamentos ortodônticos ou até mesmo aparelhos auditivos específicos.

“É sempre importante lembrar que o tratamento deve ser individualizado, de acordo com as causas de zumbido de cada paciente. É fundamental investigar as causas mais comuns e tratá-las adequadamente. Em casos de perda de audição, pode ser indicado aparelho auditivo (AASI – aparelho de amplificação sonora individual). Caso não haja perda de audição importante nem outra causa reversível conhecida, pode-se utilizar o TRT (terapia de retreinamento do tinnitus), que é um aparelho auditivo que tem como alvo diminuir ou eliminar a percepção do zumbido”, finaliza o otorrino.


 

 

 

A GD Assessoria Médica é comandada por Geziane Diosti, jornalista formada pela PUC-PR, com mais de dez anos de experiência profissional na área de comunicação, em especial assessoria de imprensa, produção de conteúdo para sites, mídias sociais e comunicação corporativa. Já teve passagens pelo Grupo RBS como redatora dos portais hagah, Guia da Semana e ObaOba, além de Kakoi Comunicação, M&C Comunicação e e-governe.

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