Saiba como lidar com o temido “mal da altitude”

 

Saiba como lidar com o temido “mal da altitude”

23
abr

Cuzco, no Peru, La Paz, na Bolívia, Lhasa, no Tibet: o que esses locais têm em comum? Se você pensou a elevada altitude, acertou – eles estão entre as cidades mais altas do mundo. E para quem está planejando uma viagem a algum desses destinos vai precisar lidar com o soroche, o conhecido “mal de altitude”, que faz com que o organismo sinta os efeitos da falta de oxigênio e apresenta sintomas característicos como tontura e mal-estar.

Mas por que isso acontece? Segundo o otorrinolaringologista da Otorrinos Curitiba e Membro Efetivo da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) Guilherme Trevizan, a partir de 2.000m ocorre uma diminuição na concentração de oxigênio na corrente sanguínea de quem sobe a elevadas altitudes, e é em função dessa diminuição da oxigenação que o pulmão, o cérebro e todo o corpo (hipoxemia) recebem que aparecem os sintomas.

“Por isso, o corpo vai sentir bastante. Os principais sintomas são pressão baixa, tontura, mal-estar, vômitos, falta de ar, cansaço e dor de cabeça”, enumera o otorrino.

Outro fator que pode contribuir para o mal da altitude é a desidratação decorrente da perda de maior vapor d´água com a respiração que também acontece em altas altitudes. “O ritmo da subida, a altitude atingida, a quantidade de atividade física em altitude elevada, bem como características individuais, são fatores que contribuem para o aparecimento e a gravidade do problema”, ressaltou Guilherme

É possível evitar o mal de altitude?
O especialista listou algumas dicas para tentar reduzir os efeitos das altas altitudes e orientou que as primeiras 24h devem ser de descanso ou de atividade leves.

“Quando o turista chega a esses locais de alta altitude, já quer aproveitar ao máximo o período e começar a ‘turistar’. No entanto, o ideal é evitar esforço físico intenso nas primeiras 24h. Assim, se a pessoa estiver viajando a passeio é melhor se programar para ficar o primeiro dia restrito a atividades mais simples. Hidratar-se bem também é importante.  Os povos latinos locais aconselham o uso de chá de coca, mas seu efeito benéfico é controverso do ponto de vista científico”, lembrou o otorrino.

Outro modo de prevenir o soroche é subir lentamente e evitar o consumo de álcool nas primeiras 48h, já que o álcool é desidratante e um dos mecanismos desse problema é a desidratação decorrente da alta altitude.

Consequências mais graves do mal da altitude
Em geral, o mal da altitude costuma desaparecer sozinho, no período de 24 a 48h, precisando apenas que o viajante faça repouso e se hidrate bem. No entanto, casos de morte não estão descartados.

“Em casos mais extremos podem ocorrer situações inclusive com risco de morte, ocorrendo edema pulmonar com tosse persistente e falta de ar ou edema cerebral com cefaleias que não melhoram com analgésicos comuns. Nessas situações mais críticas, o único tratamento confiável é descer novamente para altitudes mais baixas e deixar que o organismo se recupere”, finalizou o especialista.


 

 

 

A GD Assessoria Médica é comandada por Geziane Diosti, jornalista formada pela PUC-PR, com mais de dez anos de experiência profissional na área de comunicação, em especial assessoria de imprensa, produção de conteúdo para sites, mídias sociais e comunicação corporativa. Já teve passagens pelo Grupo RBS como redatora dos portais hagah, Guia da Semana e ObaOba, além de Kakoi Comunicação, M&C Comunicação e e-governe.

Categorias

Últimas Notícias

A mudança te muda
Minha mãe é supermetódica: tudo tem que ser do jeito que ela planejou, às vezes com horas, dias ou até…
Atraso na consulta médica: é possível melhorar isso?
Oi doutor(a), tudo bem? Quem nunca se atrasou para um compromisso que atire a primeira pedra – ou rasgue o…
Por que contratar uma assessoria de imprensa?
Oi doutor(a), tudo bem? Entra ano, passa ano, o curso de Medicina continua sendo um dos mais concorridos dos vestibulares…