Crianças são as mais afetadas com as ‘doenças do frio’; saiba como evitá-las.

 

Crianças são as mais afetadas com as ‘doenças do frio’; saiba como evitá-las.

06
jun

Quando vêm, parecem chegar num combo, ainda mais nesta época do ano. Gripe, rinite, resfriado, otite, sinusite, faringite ou amigdalite e bronquite são apenas algumas das doenças mais comuns no outono/inverno, principalmente entre as crianças, pelo fato de ainda terem o sistema imune imaturo.

Mas segundo a otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba Scheila M. Gambeta Sass, é possível proteger os pequenos e alertar os pais sobre algumas formas importantes de prevenção.

“Crianças que vão para escolinha estão sempre em contato com outras crianças, e a transmissão de vírus acaba sendo maior. Por isso é importante que tanto os pais em casa quanto os professores nas escolas sempre tenham o hábito de orientar a higienização das mãos várias vezes ao dia e manter os ambientes arejados. Outra dica é agasalhar bem a criançada e manter a mucosa nasal sempre hidratada, com o uso de soro fisiológico”, explica a especialista.

Nos casos de espirros ou tosse, a dica é sempre cobrir a boca e o nariz para evitar a disseminação de germes, e não se esquecer de manter a vacinação em dia.

Nariz entupido. E agora?
Em dias mais frios, as crianças costumam ficam com o nariz entupido, o que gera grande desconforto. Para aliviar o quadro, a dica é sempre ter em casa o soro fisiológico.

“As crianças podem e devem usar o soro, inclusive várias vezes ao dia. Ele limpa, descongestiona e umidifica a mucosa nasal, melhorando o desconforto e evitando a proliferação bacteriana e o acúmulo de secreções, que podem levar a um quadro de sinusite, otite e bronquite, por exemplo”, aponta Scheila.

Nos quadros virais é comum o aparecimento de febre, e se ela persistir deve ser avaliada pelo médico da criança.

Tempo seco e baixas temperaturas
Com a diminuição da umidade relativa do ar, as partículas ficam em suspensão, os lugares permanecem mais fechados e isso favorece a contaminação, além das quedas bruscas de temperatura contribuírem para as doenças.

“Para manter a saúde nessas situações”, lembra a otorrino, “o importante é manter boa hidratação, evitar – sempre que possível – aglomerações e lugares fechados, e investir numa boa alimentação para aumentar as defesas do corpo”.

Uso de umidificador
Muitos pais ficam na dúvida se as crianças podem ficar em ambientes com umidificadores. Segundo a doutora Scheila, não há problemas em relação ao uso deles, desde que sejam feitos corretamente. Os umidificadores trazem benefícios quando usados corretamente, em espaços muito secos e quando não soltam grande quantidade de vapor. Em dias de umidade relativa do ar muito baixa, seu uso favorece e melhora a respiração.

Para a otorrino, o importante é saber ajustar o nível ideal de umidade do ambiente, pois a umidade excessiva se torna um cenário ideal para a proliferação de fungos e bactérias, trazendo malefícios à saúde respiratória.

“O ideal é manter a umidade do ambiente da casa entre 30 a 40%. A melhor maneira seria um umidificador de ar com higrômetro integrado, que mede o nível ideal de umidade para o ambiente”, explica a especialista.

Para quem não tem umidificador, a dica para umedecer o ar é utilizar toalhas úmidas penduradas ou bacias com água, tomando sempre o cuidado de deixar longe do alcance das crianças.

E o ar-condicionado?
O ar-condicionado tem a vantagem de controlar a temperatura do ar, mas muitos não utilizam com medo de ressecar o ambiente, o que pode piorar os quadros alérgicos. Nesses casos, vale a pena lançar mão de umidificadores, toalhas úmidas ou bacias com água para umidificar o ar, além de não deixar as temperaturas muito elevadas, mantendo sempre entre 23 a 27˚C.

Para as crianças alérgicas, inalar o ar gelado faz tanto mal quanto o ar seco. Neste caso, lembra a especialista, o uso adequado do ar-condicionado pode contribuir para a melhora dos quadros no outono/inverno, desde que esteja sempre bem regulado, higienizado e com filtro limpo, trazendo melhor conforto para os pequenos na hora de dormir. “O mesmo vale para aquecedores de ambiente. Mantendo-se uma temperatura adequada e umidificando o ar, podem ser utilizados tranquilamente”, finaliza Scheila.


 

 

 

A GD Assessoria Médica é comandada por Geziane Diosti, jornalista formada pela PUC-PR, com mais de dez anos de experiência profissional na área de comunicação, em especial assessoria de imprensa, produção de conteúdo para sites, mídias sociais e comunicação corporativa. Já teve passagens pelo Grupo RBS como redatora dos portais hagah, Guia da Semana e ObaOba, além de Kakoi Comunicação, M&C Comunicação e e-governe.

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